terça-feira, 5 de julho de 2011

Faculdades sem aprovados em exame da OAB serão supervisionadas

Nesta terça-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) listou 90 dentre as 610 faculdades que tiveram estudantes participando da última edição do Exame de Ordem, que não conseguiram obter nenhuma aprovação nas duas etapas do exame. Entre as elas, três faculdades do Rio de Janeiro: Gama e Souza, Paraíso e São José.

- Veja a lista das faculdades que não aprovaram nenhum estudante no exame da OAB

O ministro da Educação, Fernando Haddad vai receber uma cópia da relação das faculdades envolvidas. As faculdades serão colocadas em regime de supervisão a pedido da OAB, no qual serão estabelecidas metas segundo o MEC para que não sejam penalizadas com suspensão de cursos, redução de vagas e até mesmo o fechamento do curso.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, as instituições devem ter cometido "um verdadeiro estelionato educacional" com estudantes que acreditaram estar recebendo uma boa educação. "O descompasso na qualidade do ensino contribui para desmerecimento das profissões jurídicas como um todo", disse.

Como forma de monitorar as faculdades, atualmente, o MEC utiliza o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para realizar controle do ensino nas instituições. Cavalcante quer questionar na Justiça as aprovações de novos cursos realizadas pelo Conselho Nacional de Educação. "Não podemos conceber que o Conselho Nacional de Educação, fugindo dos parâmetros técnicos, autorize novas vagas", explicou.

Alguns candidatos reclamaram da dificuldade do exame, que teve índice de reprovação de 88,275% de todos os inscritos. Apenas 12.534 candidatos foram aprovados. Rebatendo as críticas, o presidente da OAB afirmou que não há reserva de mercado. "A OAB vive exclusivamente da contribuição dos integrantes. Os advogados pagam anuidade. Se tivéssemos dois milhões, teria recursos para desenvolver atividades bem maiores. Temos 700 mil advogados. Para a OAB, seria confortável. Nossa preocupação não se mede pelo número, mas pela qualidade".

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